25/09/2017

VOGAIS: Hitler e a dependência de drogas no Terceiro Reich

«Espantoso, cativante, convincente. A história por contar da relação do Terceiro Reich com as drogas, incluindo cocaína, heroína, morfina e, sobretudo, metanfetaminas. Altera o que pensávamos saber sobre a Segunda Guerra Mundial.» The Guardian

«Um livro verdadeiramente extraordinário» — BBC News

«Fantástico e energético. Reconta a história da guerra pelo prisma de um comprimido. Tem a capacidade incomum de perturbar.» —  The Times

Delírio Total: Hitler e as Drogas no Terceiro Reich, do romancista premiado, argumentista e jornalista alemão Norman Ohler (Ed. Vogais | 320 pp| 18,79€), nasce de uma investigação meticulosa que expõe uma perspetiva surpreendente da Segunda Guerra Mundial: a elevada dependência de drogas da Alemanha nazi, nomeadamente de cocaína, opiáceos e, sobretudo, metanfetaminas.
O regime nazi pregava uma ideologia de pureza física, mental e moral. Mas, como Norman Ohler revela nesta envolvente história baseada em fontes até agora inéditas, o Terceiro Reich estava saturado de drogas: cocaína, opiáceos e, sobretudo, metanfetaminas, usadas por toda a gente — de operários fabris a donas de casa — e vitais para a resistência das tropas, explicando, em parte, o rápido avanço e a vitória alemã em 1940. O uso promíscuo de drogas, inclusive ao mais alto nível, também afetou a tomada de decisões, com Hitler e o seu séquito a refugiarem-se em cocktails de estimulantes potencialmente letais, administrados pelo médico Theo Morell, incapazes de reverter o curso da guerra, que se virava contra a Alemanha.
Embora as drogas por si só não possam explicar as tóxicas teorias raciais dos nazis ou os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, esta descoberta leva-nos a ver os crimes de guerra cometidos contra a humanidade a uma nova luz. Delírio Total é, assim, uma peça crucial para entendermos a História mundial.
Este livro entra na pele de assassinos em massa ávidos de sangue e de um povo obediente que era necessário limpar de todo o veneno, racial ou outro, penetrando nas suas veias e artérias. Nelas não corria a pureza ariana mas sim a química alemã, por sinal bastante tóxica. E isto porque, onde a ideologia já não conseguia chegar, e apesar de todas as proibições, dava-se uma ajuda com substâncias farmacológicas excitantes e estimulantes, que não eram reprimidas, tanto na base como no topo. Hitler também fez o mesmo, tal como as próprias Forças Armadas, que recorreram, em grande dimensão, à substância estimulante metanfetamina (hoje conhecida como crystal meth) para as suas campanhas de conquista. Na sua manipulação das drogas, esses criminosos mostraram uma hipocrisia cuja revelação esclarece agora aspetos decisivos do que fizeram. Caiu uma máscara que nunca pudemos saber que existia. — Norman Ohler

Norman Ohler é um romancista premiado, argumentista e jornalista alemão. Passou cinco anos a pesquisar para Delírio Total em numerosos arquivos na Alemanha e nos Estados Unidos, e falou com testemunhas, historiadores militares e médicos. Publicou três romances, um dos quais o primeiro romance hipertexto do mundo, e coescreveu o argumento do filme de Wim Wenders, Palermo Shooting. Mais sobre o autor: www.normanohler.de


0 comentários: