Opinião:
É o segundo livro da
trilogia medieval protagonizada pelo mercador Ignazio de Toledo, que leio,
sendo o primeiro O Mercador de Livros Malditos, um tema que me agrada bastante.
Desta vez decorre o
ano de 1227, Ignazio foi chamado à corte de Fernando III, o Santo, para
procurar a rainha de Castela, sua tia, que desapareceu misteriosamente, sem que
alguém saiba do seu paradeiro, desconfiam que por detrás do seu desaparecimento
esteja o conde de Nigredo, um
alquimista.
Ninguém melhor do que
Ignazio para a procurar, pois é um homem extremamente inteligente, conhece
muitos lugares, muitas pessoas. Na corte
encontra-se um velho amigo seu, Galib, um magíster, que lhe diz para procurar
um livro que poderá trazer pistas, o lendário Turba Philosophorum, um
manuscrito atribuído a um discípulo de Pitágoras, que pode desvendar segredos
da alquimia, só que no dia seguinte o velhote é encontrado morto, alguém o
envenenou, algo estranho se passa, alguém na corte esconde segredos e não é de
confiança.
Ignazio alerta parte à
descoberta da rainha e desse livro, na companhia do seu amigo Willalme e também
conta com a ajuda do seu filho Uberto. A missão que leva é muito complicada,
ninguém sabe quem é esse conde misterioso, que se enconta no castelo de
Airagne. É nesse sitio que Ignazio vai procurar a rainha, mas precisa de
descobrir o caminho para lá, vai estar envolvido em muitas peripécias, perigos
e armadilhas pois alguém o quer impedir de descobrir a verdade.
A história desenrola-se
em duas partes, uma narra-nos o que vai acontecendo a Ignazio na
viagem e a outra as aventuras do filho Uberto, pois eles não vão juntos, mas sendo a sua intenção chegarem ao mesmo destino, Uberto demonstra argucia e inteligência como o pai,
para resolver e sair das situações, sendo menos maduro e mais dado a emoções,
pelo caminho vai se cruzar com a a bela
Moira que foi injustamente acusada de bruxaria.
Já Ignázio vai encontrar pelo caminho as Beguines, freiras
dedicadas ao culto de Santa Lucina. O que vão descobrir é assustador. Que
ligações poderia haver entre o desaparecimento da rainha, o Turba Philosophorum
e Airagne? É o que vamos descobrindo ao longo do livro.
É uma narrativa rica em
referencias históricas, lendas sobre o século XIII, vê-se que o autor fez
pesquisa sobre a época, aborda temas como filosofia, religião heresia,
alquimia, esoterismo, uma mistura perfeita. As descrições que faz dos cenários
torna-os adequados para a época medieval, com personagens perfeitos e
condizentes.
Em suma “A Biblioteca
Perdida do Alquimista” foi um livro que gostei muito de ler, em que o autor mais uma
vez confirma a sua capacidade de construir um enredo totalmente envolto em
mistério, cheio de voltas e reviravoltas, cheio de suspense, agarra-nos às suas páginas, com protagonistas que se gosta, lê-se
rapidamente, portanto, recomendo sem dúvida alguma aos amantes deste género literário.
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