24/09/2013

A Biblioteca Perdida do Alquimista de Marcello Simoni (opinião)




Opinião:
É o segundo livro da trilogia medieval protagonizada pelo mercador Ignazio de Toledo, que leio, sendo o primeiro O Mercador de Livros Malditos, um tema que me agrada bastante.
Desta vez decorre o ano de 1227, Ignazio foi chamado à corte de Fernando III, o Santo, para procurar a rainha de Castela, sua tia, que desapareceu misteriosamente, sem que alguém saiba do seu paradeiro, desconfiam que por detrás do seu desaparecimento esteja  o conde de Nigredo, um alquimista.
Ninguém melhor do que Ignazio para a procurar, pois é um homem extremamente inteligente, conhece muitos lugares, muitas pessoas.  Na corte encontra-se um velho amigo seu, Galib, um magíster, que lhe diz para procurar um livro que poderá trazer pistas, o lendário Turba Philosophorum, um manuscrito atribuído a um discípulo de Pitágoras, que pode desvendar segredos da alquimia, só que no dia seguinte o velhote é encontrado morto, alguém o envenenou, algo estranho se passa, alguém na corte esconde segredos e não é de confiança. 
Ignazio alerta parte à descoberta da rainha e desse livro, na companhia do seu amigo Willalme e também conta com a ajuda do seu filho Uberto. A missão que leva é muito complicada, ninguém sabe quem é esse conde misterioso, que se enconta no castelo de Airagne. É nesse sitio que Ignazio vai procurar a rainha, mas precisa de descobrir o caminho para lá, vai estar envolvido em muitas peripécias, perigos e armadilhas pois alguém o quer impedir de descobrir a verdade.
A história desenrola-se em duas partes, uma narra-nos o que vai acontecendo a Ignazio na viagem e a outra as aventuras do filho Uberto, pois eles não vão juntos, mas sendo a sua intenção chegarem ao mesmo destino, Uberto  demonstra argucia e inteligência como o pai, para resolver e sair das situações, sendo menos maduro e mais dado a emoções, pelo caminho vai se cruzar com a  a bela Moira que foi injustamente acusada de bruxaria.
Já Ignázio vai  encontrar pelo caminho as Beguines, freiras dedicadas ao culto de Santa Lucina. O que vão descobrir é assustador. Que ligações poderia haver entre o desaparecimento da rainha, o Turba Philosophorum e Airagne? É o que vamos descobrindo ao longo do livro.
É uma narrativa rica em referencias históricas, lendas sobre o século XIII, vê-se que o autor fez pesquisa sobre a época, aborda temas como filosofia, religião heresia, alquimia, esoterismo, uma mistura perfeita. As descrições que faz dos cenários torna-os adequados para a época medieval, com personagens perfeitos e condizentes.
Em suma “A Biblioteca Perdida do Alquimista” foi um livro que gostei muito de ler, em que o autor mais uma vez confirma a sua capacidade de construir um enredo totalmente envolto em mistério, cheio de voltas e reviravoltas, cheio de suspense,  agarra-nos às suas páginas,  com protagonistas que se gosta, lê-se rapidamente, portanto,  recomendo sem dúvida alguma aos amantes deste género literário.




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